E faltam menos de 20 dias para o meu aniversário de 24 anos.
Fechando o ano mais louco da minha vida.
O ano mais montanha-russa. O melhor e o pior. O melhor por ser o pior, o pior por ser o melhor.
Eu sempre achei que ter 23 anos fosse ser legal... Sempre pareceu um número legal, afinal de contas... Não é mais tão novo, mas ainda não está chegando perto de ser tão mais velho... É um meio-termo que me agrada.
Nesse ano, muita coisa aconteceu.
Eu realizei muita coisa, tomei muitas decisões difíceis, perdi muito, ganhei muito.
Nesse ano, realizei sonhos que muitas pessoas da minha idade ainda demorarão anos para concretizar, isso se algum dia concretizarem (infelizmente...).
Eu finalmente consegui me fixar numa banda, com os músicos mais talentosos que já toquei, fora do círculo do Hard Rock... Toquei para mais pessoas que meus olhos conseguiam contar e até mesmo, vejam só, ganhei algum dinheiro com isso! Não muito, mas já dá uma sensação de que a coisa tá dando certo e valendo a pena...
Nesse ano, fiz amizades em um nível que eu achava que nunca mais ia encontrar na vida, com pessoas que me acrescentaram em 1 ano mais do que muita gente em 4 ou 5... Amigos que eu espero me acompanhar por muito tempo ainda...
Nesse ano, construí a base do que pretendo ser minha vida futura. Comprei meu apartamento, meu carro e, principalmente, assentei os alicerces de minha vida profissional, ou pelo menos do que eu espero continuar fazendo profissionalmente.
Tomei muitas decisões difíceis... Primeiro, a de continuar estudando, depois a de trancar a faculdade, uma das mais difíceis que já tomei, mas que venho colhendo os frutos diariamente... Alguns melhores, alguns piores, mas em sua maioria bons.
Nesse ano, perdi meu pai, uma dor indescritível que só consigo suportar pela ajuda incrível de pessoas muitos especiais, que estão sempre do meu lado - e que sabem quem são, não preciso citar.
Perdi outras coisas também, perdi membros caninos da minha familia, um deles um de meus melhores amigos, que estava comigo já a 8 anos...
Sofri com tragédias familiares, pessoas doentes, pessoas hospitalizadas, pessoas desequilibradas...
Mas ganhei muito. Ganhei um apoio financeiro que obviamente não é um consolo, mas é ao menos um paliativo, que me ajudou a realizar e preparar os sonhos de que já falei... Muito já pensei e escrevi aqui sobre as contradições de sentimento que isso tudo gerou e ainda não me acertei bem com isso, mas vou levando...
Enfim, foi um ano difícil. Certamente, o mais difícil da minha vida, tanto pelas coisas negativas quanto pelas positivas.
Agora que ele está terminando, não consigo fazer um balanço dele. Não dá, simplesmente. Minhas alegrias e tristezas, ainda que diretamente conectadas, ficam em dois compartimentos separados, uma não sobrepõe a outra.
Foi um ano estranho, que eu espero que não seja prelúdio de uma vida tão estranha quanto.
Nos vemos por aqui...
Até mais
